CUIDADO!
FAIXA DE SEGURANÇA--------por eli golande + grupoArac

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(...) dentro da prática com arte urbana, muitas vezes realizei trabalhos relacionados às chamadas “zonas mortas” ou “rachaduras urbanas”,  que fazem parte da maioria das grandes cidades.
O urbanista Guilherme Wisnik, com o qual tive oportunidade de trabalhar, costuma destacar  como  maiores exemplos desses lugares, locais que vão, desde áreas cortadas por linhas de trem, estradas federais que cortam cidades, chegando até o exemplo clássico do muro de Berlim[durante e após a sua existência].
O parágrafo anterior, que pode parecer distante da realidade abordada neste blog, tem, de fato, íntima ligação com o conteúdo aqui descrito, motivado pelo acidente fatal que testemunhei, de forma surpreendente(...)
(...)a partir da conversa com proprietários de casas comerciais situadas de um dos  lados da rua professor Araújo na altura do nº2149   -vou me permitir chamar um dos lados da rua de “lado comercial” e o lado oposto de “lado residêncial”, devido às características dos mesmos-    me foi dito que alguns pré-adolescentes que realizavam compras nesses locais, deixaram de fazê-lo por conta de terem de realizar a perigosa travessia sozinhos.
“A mãe de determinado menino agora traz pão e leite do centro da cidade, quando retorna do trabalho, de carro, no inicio da noite”, disse-me um desses comerciantes"(...)     CONTINUA NO RODAPÉ DA PÁGINA...
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sexta-feira . 19/11/2011 . rua Prof. Araujo 2149 . Pelotas . RS
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Policiais indagam testemunhas 1 dia após o acidente.
Um indício de que o mesmo havia sido fatal.
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[a primeira pessoa a aproximar-se da vítima realizou massagem cardíaca na mesma, que posteriormente demonstrou sinais vitais]
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Foi pintada uma cruz em meio à faixa de segurança, assim que consumada a fatalidade do acidente.
Assim, esta informação era comunicada a todos a partir de uma 'intervenção urbana'.
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"A pintura da cruz sobre a faixa gerou apenas repercussões positivas, mesmo  tratando-se de uma ação contraventora.
A cruz gerou repercussão sob a forma de noticias em jornais, TV, internet, etc...  e esta repercussão gerou comentários .
Ouso dizer que, se não fosse por ações como esta, tal acidente fatal já teria caído no esquecimento, menos de uma semana depois de acontecido.  
Mas um esquecimento momentâneo, visto que duraria somente até o próximo acidente, e assim sucessivamente."
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A imagem da cruz sobre a faixa tem como alvo principal os motoristas que por ali passam.
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"O trânsito intenso, sem uma travessia segura, provocou uma divisão radical entre os 2 lados da rua Prof Araújo na altura do nº 2149, exemplo pertinente que possivelmente atinja várias outras ruas.
Uma constatação poucas vezes percebida em vias deste tipo."
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"Desta vez, a ação seria diferenciada e seriam utilizados 'stickers'  -adesivos colados no meio urbano, também conhecidos como pós-grafite (www.grupoarac.com).  E o alvo também mudara:  agora eram os pedestres, que cruzariam a faixa.
Acredito que estes sejam os responsáveis em potêncial pela reivindicação de mudanças necessárias a serem feitas neste cruzamento.
Não pretendia aborda-los quando atravessavam a rua, mas criar uma relação íntima de diálogo. 
Discutir a questão no ambiente particular de cada uma das pessoas que eu conseguisse atingir.
Me utilizei de uma técnica de colagem que consiste em colar um adesivo na sola do calçado de uma pessoa, para que a mesma perceba o conteúdo desse adesivo somente posteriormente, num 'contexto particular'".
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Adesivos dispostos sobre a calçada.
A imagem a ser lida é colocada virada para o chão. A parte de cima, além de ter a mesma cor do piso, tem toda a sua extensão coberta com adesivo[fita dupla-face transparente]. http://www.grupoarac.com/-
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 ESTAMOS AGILIZANDO A POSTAGEM DO VIDEO QUE MOSTRA ESTA AÇÃO
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sem comentários
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sem comentários
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sexta-feira . 26/11/2011 . rua Prof. Araújo 2149 . Pelotas . RS
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 AMANHÃ PUBLICAREMOS NOVAS IMAGENS NESTE BLOG 
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Dentro da prática com arte urbana, muitas vezes realizei trabalhos relacionados às chamadas “zonas mortas” ou “rachaduras urbanas”,  que fazem parte da maioria das grandes cidades.
O urbanista Guilherme Wisnik, com o qual tive oportunidade de trabalhar, costuma destacar  como  maiores exemplos desses lugares, locais que vão, desde áreas cortadas por linhas de trem, estradas federais que cortam cidades, chegando até o exemplo clássico do muro de Berlim[durante e após a sua existência].
O parágrafo anterior, que pode parecer distante da realidade abordada neste blog, tem, de fato, íntima ligação com o conteúdo aqui descrito, motivado pelo acidente fatal que testemunhei, de forma surpreendente.
A partir da conversa com proprietários de casas comerciais situadas de um dos  lados da rua professor Araújo na altura do nº2149   -vou me permitir chamar um dos lados da rua de “lado comercial” e o lado oposto de “lado residêncial”, devido às características dos mesmos-    me foi dito que alguns pré-adolescentes que realizavam compras nesses locais, deixaram de fazê-lo por conta de terem de realizar a perigosa travessia sozinhos.
“A mãe de determinado menino agora traz pão e leite do centro da cidade, quando retorna do trabalho, de carro, no inicio da noite”, disse-me um desses comerciantes.
Por outro lado, literalmente, um comerciante que trabalha na mesma calçada do “lado residêncial” já pensa em aumentar a variedade de produtos que oferece, visto que tem recebido mais clientes, principalmente pré-adolescentes e idosos.
Aliviados também estão alguns pais, que têm filhos freqüentando uma pré-escola, “felizmente localizada no lado residencial”.
E a citação que fiz, do muro de Berlim, nos parágrafos anteriores, que pode soar como devaneio, para mim  -que presenciei o atropelamento da última sexta-  remete a uma relação (no mínimo) de cunho geográfico.
Dois lugares divididos, um espaço largo entre estes dois lugares e um corpo sangrando no chão quando tentava atravessar de um lado para o outro.
Em tempo:  o idoso morto tinha a intenção de fazer compras numa padaria, localizada do “lado comercial”. 
Porém, este senhor  residia justamente do “lado comercial”.
Atravessou até o outro lado da rua para utilizar um telefone público. 
Foi atropelado quando retornava ao quarteirão onde morava. 
Quarteirão este sem telefones públicos.
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aviso aos pedestres
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